Mulheres na Indústria da Moda
No pós-Revolução Industrial, os aristocratas precisavam de vestimentas para trabalhar e com essa necessidade surgiu uma alfaiataria mais sóbria, sem tanta extravagância e acessórios como era o costume da época. Dessa maneira, as roupas femininas passaram a ter mais visibilidade e relevância de uma perspectiva estética e simbólica. Com isso, a moda tornou-se o que é e passou a ser notada, negociada e registrada, tanto nas classes altas, como baixas. Nas fábricas têxteis, contudo, as condições de trabalho eram péssimas e, após o surgimento da Primeira Guerra Mundial, o que era ruim, se tornou pior. Como a força de trabalho masculina foi reduzida, era nessas fábricas que as mulheres viam a única saída para conseguir renda.
Eessa mão de obra foi marcada pela exploração por se tratar de um público muito discriminado e invalidado na época,inclusive, o movimento pelo direito do trabalho no mundo surge em manifestações feitas pelas mulheres que originaram o Dia Internacional da Mulher.
E hoje, quase 200 anos depois, ainda enfrentamos a herança desse período. São altíssimos os números de mulheres exploradas nessa indústria, de acordo com a ONG Remake, trabalhadores do setor de vestuário em Bangladesh, principalmente mulheres, ganham em torno de US$ 96 por mês, porém uma pessoa precisa em média 3,5 vezes esse valor para ter uma vida melhor, com suas necessidades básicas atendidas.
A partir desse olhar para o mundo da moda, é possível notar a importância de lutar por condições de trabalhos igualitárias para todos os gêneros e, principalmente, oferecer oportunidades para que tanto homens, quanto mulheres, possam ter a capacidade de chegar até o topo da indústria de forma justa. Quando o dinheiro for direcionado às mulheres,a sociedade se transforma para melhor.